Quem

somos

Somos mais de meio milhão de cidadãos e consumidores fartos de ver mentiras e conteúdos odiosos corroer a democracia sob o disfarce de notícias e artigos de opinião em verdadeiros veículos de desinformação online.

Surgimos em uma madrugada de isolamento no início da pandemia de Covid-19, em 18 de maio de 2020. Uma reportagem sobre o Sleeping Giants norte-americano, que havia tirado mais de oito milhões de euros do site de fake news e discurso de ódio Breitbart, do supremacista branco Steve Bannon, foi a fagulha inicial para replicar a ideia.

Em poucas horas, em poucos dias, já não éramos mais um casal de estudantes de Direito do interior do Paraná, mas milhares e milhares de gigantes em cada canto do Brasil, em cada canto do mundo, cobrando empresas de todos os tamanhos e chamando a atenção de autoridades e figuras públicas de diferentes espectros políticos.

Desde então, somos ao mesmo tempo agentes e testemunhas de uma necessária transformação no debate público sobre a importância do combate ao financiamento das fake news e do discurso de ódio na internet. Muitas vezes, tal monetização se dá de forma automática e sem o conhecimento das marcas, a partir da decisão de algoritmos com base no comportamento e perfil de públicos-alvo.

E é aí que atuamos, no que consideramos ser uma falha da chamada mídia programática, que potencialmente ameaça a democracia ao direcionar a publicidade de empresas para veículos antidemocráticos e intolerantes. Desinformação não pode ser espalhada, muito menos remunerada. Então, identificamos esses falsos veículos de informação, alertamos as marcas pelas redes sociais e pedimos o bloqueio.

“E porque acreditamos na democracia, na ciência, no direito à informação, na internet livre, na valorização da diversidade, na dignidade da pessoa humana, na ética, na liberdade de imprensa, num futuro mais justo e solidário e na cultura da paz, seguimos”, diz nosso manifesto.

Somos humanos, não robôs. Com coragem e criatividade, desde 2020.

Manifesto

O desafio da nossa geração é o combate a fake news e ao discurso de ódio.

Embor​​​​​​​a assuntos antigos, as novas dinâmicas de consumo, de compartilhamento de informações e o alcance das redes sociais potencializaram as consequencias da desinformação e da intolerância.

As notícias fraudulentas vêm abalando democracias e instituições. O discurso de ódio vem contaminando o espaço da internet livre.

Um mal deste tempo que tira nosso sono há anos.

Foi quando um artigo no jornal nos revelou todo um mundo que os Sleeping Giants nos EUA vinham fazendo ruir.

“Um movimento pra tornar o fanatismo e o sexismo menos lucrativo”.

Como uma ferramenta tão simples poderia ser tão poderosa?

Estudamos o funcionamento da mídia programática  para comprovar que as empresas, de fato, não têm ideia de para onde vão os milhões que investem em publicidade.

E não é justo que as pessos ganhem dinheiro com notícias fraudulentas, prejudicando a estabilidade democrática do país, ofendendo minorias, propagando racismo.

E foi assim que, numa madrugada, de um celular, no interior do Brasil, com uma pitada de indignação, um toque de esperança e nenhuma pretensão, nasceu o Sleeping Giants Brasil.

Nosso único objetivo era, como cidadãos, alertar as empresas desse mercado e, como consumidores, questionar os valores de cada marca.

Fomos abraçados por uma audiência ansiosa por transformar essa indústria que distorce o imaginário popular, obsta o debate democrático, estimula a quebra da reserva institucional, divide a sociedade e destrói a coesão social necessária ao avanço civilizatório.

E por isso crescemos tão rapido.

Mas cresceram também as ameaças contra nós. Descobrimos, pelos ataques coordenados que passamos a sofrer, que essa é, de fato, uma indústria, uma rede organizada, que movimenta milhões.

E com o direito de não tolerar a intolerância, não nos deixaremos intimidar.

Com a cara limpa de quem tem orgulho da atividade que realiza, com a força coletiva de meio milhão se seguidores, e com a certeza de que é com criatividade e coragem que se solucionam as  questões da humanidade, vamos seguir nossa atividade de formiguinhas alertando empresas e consumidores do poder e da responsabilidade de cada um de nós

E porque acreditamos na democracia, na ciência, no direito à informação, na internet livre, na valorização da diversidade, na dignidade da pessoa humanda, na ética, na liberdade de imprensa, num futuro mais justo e solidário e na cultura da paz, seguimos.

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